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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ed.Física

História do Basquetebol



A história do basquetebol tem praticamente origem com o aparecimento do homem na terra. A sua sobrevivência resultou dos meios que dispunha: a caça e a pesca. Mas para o conseguir o homem teve de correr, nadar e arremessar. Estes devem ter sido os primeiros exercícios físicos de natureza individual, que através dos tempos se foram desenvolvendo e aperfeiçoando até chegarem às formas colectivas, surgindo como uma forma de preparação na defesa das comunidades. A partir deste momento terão aparecido os jogos (Albano, 1978).

Estudos realizados sobre os costumes dos índios norte-americanos revelaram que os Mayas (séc. VII a.C.) jogavam um jogo parecido com o basquetebol, o “Pok-ta-pok”. O campo de jogo, tinha a limitá-lo paredes que nos topos dispunham de uma argola de pedra colocada na posição vertical a determinada altura do solo. O jogo consistia em fazer passar através dessas argolas um objecto com a forma de uma bola.

Também o “Tchalatchli” Azteca apresentava alguns aspectos parecidos com o basquetebol (Adelino, 1994).

Foi nos Estados Unidos, no Instituto Técnico de Springfield, que em 1891 surgiu o basquetebol. Situada numa zona muito fria, Springfield, encontra-se coberta a maior parte do ano por gelo e neve, tendo a prática dos desportos ao ar livre restrita a um curto período de verão. Com o objectivo de ultrapassar esse inconveniente, e porque notava que os alunos do seu Instituto sentiam pouca predisposição para os trabalhos de ginásio, o director da secção de educação física deste estabelecimento Dr. Luther Halsey Gulick, recomendou aos seus colaboradores que tomassem uma providência para solucionar o problema.O novo desporto a ser criado deveria servir para um grande número de alunos, constituir um exercício completo, atraente e com a capacidade de se adaptar a qualquer espaço.

Coube ao Dr. James A. Naismith, professor da cadeira de Anatomia do Internacional “Young Men’s Christian Association College”, depois de grandes estudos, solucionar o problema.

Depois de uma pesquisa sobre diversos jogos, Naismith chegou às seguintes conclusões:

- Para um novo jogo, a bola deveria ser grande e leve, de modo a que não pudesse ser escondida pelos jogadores;

- O jogo deveria ser praticado durante o Inverno, entre o Futebol Americano e o Basebol;

- Deveria ser um jogo de espírito colectivo e de grande poder emocional, mas evitando simultaneamente a violência;

- O jogo deveria ser de inspiração puramente americana, isto é, corresponder ao espírito de livre iniciativa (influenciado pela personalidade do homem da época do “pioneirismo”).

Os cinco princípios que implantaram um primeiro regulamento de jogo que, de alguma forma permitiu a criação de condições para o desenvolvimento da modalidade, foram os seguintes:



1 - A bola só podia ser jogada com as mãos;

2 - Os jogadores podiam apoderar-se da bola em qualquer momento;

3 - Não era permitido correr com a bola nas mãos;

4 - As equipas jogam juntas no espaço de jogo, mas os contactos entre os jogadores eram proibidos;

5 - O alvo deveria estar na horizontal sobre um plano elevado (deveria ser de pequena dimensão para privilegiar a precisão em detrimento da força e da potência).



A evolução das regras fez-se em função dos progressos técnicos dos próprios jogadores, dos treinadores, da melhoria do material e também através de uma melhoria da forma de transmitir o espectáculo. No entanto esta evolução preservou e respeitou os cinco princípios fundamentais estabelecidos por James A. Naismith.

O primeiro jogo, em Dezembro de 1891, no Springfield College nos Estados Unidos, foi um êxito. Este, tendo sido arbitrado pelo seu próprio inventor, foi disputado com nove homens de cada lado, com o objectivo de marcação de pontos através do arremesso da bola sobre um cesto de pêssegos, colocados um de cada lado do campo a uma altura de três metros.

Um aluno, Frank Mahan, propôs ao Professor James Naismith, o nome de “basketball”, pelo facto de ser jogado com cestos e bola; tendo obtido a sua concordância.

No ano de 1892 foram publicadas as treze primeiras regras do jogo. Este, conheceu imediatamente um grande sucesso nos Estados Unidos e a maior parte das Universidades começou a aderir à sua prática. Mais tarde invadiu a Europa e os outros Continentes.

A prática do basquetebol na Europa iniciou-se em 1893 quando os soldados americanos em passagem por Paris fizeram uma demonstração deste jogo. Os raros espectadores presentes na rua de Trévise descobriram os valores desportivos e morais deste jogo de bola.

Pierre de Coubertin, o renovador dos Jogos Olímpicos, conquistado por este desporto, aceitou que em St. Louis (1904) o basquetebol se tornasse desporto de demonstração (ao mesmo tempo saiu publicado o primeiro livrete de técnicas do jogo).

Muitas outras regras foram implantadas no basquetebol posteriormente, como por exemplo: a participação obrigatória de cronometristas na equipa de arbitragem; o aparecimento do lance livre executado pelo jogador que recebe a falta no acto do lançamento; a retirada da rede de protecção em redor do campo; a dispensa da bola ao ar no centro do campo após cada cesto, sendo esta reposta em jogo no fundo do campo. Desta maneira, o desporto foi sendo aperfeiçoado e conquistou um maior número de adeptos para a sua prática.

Os encontros internacionais que opunham as várias Universidades eram constantemente organizados. A vaga do basquetebol estendeu-se rapidamente tornando-se necessária a sua universalização no sentido de unificar as regras com o objectivo de todos os países se poderem defrontar.

Apesar desta rápida expansão do jogo, só em 18 de Julho de 1932 é fundada a F.I.B.A. no 1º Congresso Internacional de Basquetebol realizado em Genebra. A F.I.B.A. impôs a pouco e pouco a sua identidade. Em 1935 organizou em Genebra os primeiros campeonatos da Europa de basquetebol. O seu reconhecimento traduziu-se por uma admissão do

basquetebol nos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.

Actualmente, é a F.I.B.A. que gere o basquetebol por todo o mundo. As grandes competições internacionais antigamente reservadas apenas a amadores, são dirigidas, depois de 1992, também a profissionais. Foi assim que a selecção americana que participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona –Dream Team -, constituída pelas grandes vedetas desse país, constituiu um factor essencial de explosão do basquetebol por todo o mundo.

Em Portugal, o basquetebol foi introduzido em 1913 pela Associação Cristã da Mocidade. Sendo um jogo de competição, foi aceite com entusiasmo e bem depressa os clubes e escolas o integraram nos seus programas de Cultura Física. Porém, só em 1936 conseguiu alargar o âmbito acanhado em que viveu, para o que muito contribuiu a fundação das Associações do Porto, Coimbra e Lisboa. Esta organização ficou oficialmente constituída, com a fundação em 1927 da Federação Portuguesa de Basquetebol.

Em 1933 teve lugar o primeiro campeonato de Portugal, de que saiu vencedor o Sport Clube Conimbricense.

De então para cá, o basquetebol integrou-se definitivamente no quadro geral dos desportos praticados no nosso País, sendo hoje em dia, após o futebol, o desporto que mais praticantes tem em Portugal.



Regras Oficiais de Basquetebol 2010


Principais alterações na regras do jogo de basquete:

Art. 2.2.3 - Linhas de lance-livre e áreas restritivas:

As áreas restritivas serão áreas retangulares marcadas na quadra de jogo.
A área restritiva (três segundos) deverá ser um retângulo (não mais um trapézio).

Art. 2.2.4 - Área de cesta de três pontos:

A distância da linha de três pontos será de 6,75m (e não mais de 6,25m)

Art. 2.2.6 - Linhas para reposição na lateral:

As duas pequenas linhas deverão ser marcadas na margem externa da quadra, no lado oposto ao da mesa de controle e das áreas de banco, com sua margem mais distante afastada 8,325m da margem interna da linha final; ou seja, alinhada ao topo da linha de três pontos.

Durante os últimos dois minutos da partida e dos períodos extras, seguindo um tempo debitado concedido para o time que tenha o direito a uma reposição de bola na sua quadra de defesa, o arremesso de fora para dentro subsequ¨ente será dado do lado oposto ao da mesa de controle, da ?linha de reposição? e não mais da linha central estendida.

Art. 2.2.7 - Semicírculos nos quais não serão consideradas/marcadas cargas ofensivas:

Os semicírculos nos quais não serão consideradas as cargas ofensivas deverão ser marcados na quadra de jogo com a margem interna deles estando a 1,25m do ponto central da cesta (em projeção no piso).

Uma falta ofensiva (carregar) nunca deverá ser marcada caso o contato do atacante ocorra com um defensor que esteja dentro do semicírculo.

Art. 29 - Vinte e quatro segundos:

Se a reposição for administrada na quadra de defesa, caso exigido pelas regras respectivas, o relógio de 24 segundos deverá ser retornado para 24 segundos.

Se a reposição for administrada na quadra de ataque, caso exigido pelas regras respectivas, o relógio de 24 segundos deve ser ajustado como se segue:
? Se o relógio mostra que faltam 14 segundos ou mais no momento em que o jogo é paralisado, ele não deverá ser ajustado e permanecerá o mesmo tempo.

? Se restarem 13 segundos ou menos no aparelho de 24 segundos no momento em que o jogo é paralisado, o relógio deve ser ajustado para 14 segundos.


PRINCIPAIS FUNDAMENTOS DO BASQUETEBOL

PASSE:
•Passe de peito - Trazendo já a bola junto ao peito, com o peso do corpo na perna coordenando movimento dos braços com os pulso, a bola à frente do corpo, lançá-la com as mãos na direção do movimento.
•Passe picado - É idêntico ao passe de peito, com a diferença de que a bola toque no chão antes de chegar às mãos do jogador que vai recebê-la. Variação: Passe por cima da cabeça - Elevando a bola acima da cabeça com ambos os braços, lançá-la com um forte movimento dos pulsos, sem baixar os braços.
•Passe de gancho - A bola é segura pela mão que vai lançá-la bem junto ao punho, dedos espalhados na bola. Com um passo atrás ou para o lado, dar um solto com um giro no ar simultâneo ao lançamento da bola através de um movimento circundante do braço.
•Passe de ombro - A bola é segura com ambas as mãos, com os dedos apontados para cima. Os cotovelos devem ser flexionados, a bola se manterá junto ao corpo com o ombro alto e a execução do passe deverá ser feita pela extensão do braço, cotovelo e punho.

DRIBLE
•Corpo abaixado, cabeça elevada, joelhos flexionadas, impulsionar a bola com a flexão do pulso, evite ao máximo olhar para a bola enquanto estiver driblando, isso dará mais velocidade ao seu drible, mas para isso é necessário muita prática.

ARREMESSO
•Bandeja - É um arremesso em movimento que pode ser feito com passe ou driblando. Em ambos, o jogador tem direito a dois tempos rítmicos, ou seja, ao receber a bola ou interromper o drible o jogador define o pé de apoio (1º tempo rítmico), tendo direito ao segundo tempo rítmico com mais um passo. No entanto, a bola deverá ser lançada à cesta antes que o jogador toque o solo.
•Com uma das mãos - Partindo da posição fundamental, com o peso do corpo na perna da frente, bola na altura do peito, o jogador flexionará as pernas simultaneamente à elevação da bola acima da cabeça. O arremesso termina com a extensão completa do braço, pulso flexionado e com o último contato da bola através das pontas dos três dedos médios da mão.
•Jump, com drible e parada - Driblando em direção à cesta, parando numa posição de equilíbrio, flexionara as pernas, saltar elevando a bola acima e à frente da cabeça com ambas as mãos, executar o arremesso apenas com uma das mãos.
•Gancho - O jogador de posse da bola, dribla em direção à cesta mantendo seu corpo entre a bola e o adversário. Para, olha para a cesta, salta girando o corpo no ar com o lançamento da bola em movimento circundante do braço, caindo de frente para a cesta.

LANCE-LIVRE

•É igual ao arremesso com uma das mãos, efetuado da linha do lance-livre, sem marcação e tendo cinco segundos para a execução. É importante que o jogador mantenha o peso do corpo na perna da frente, concentre-se e bloqueie a respiração antes do arremesso.

REBOTE
•Partindo da posição de guarda, o jogador da defesa procura através de um trabalho de pernas evitar que o adversário tome a sua frente para o rebote. É importante, durante o lançamento da bola, que o defensor não olhe para a trajetória da bola, e sim o jogador que esteja marcando. 1º caso: Quando o adversário correr para o rebote pelo lado da perna de trás do defensor, basta a este fazer o giro na perna de trás. 2º caso: Quando o movimento para a cesta for feito pelo lado da perna da frente, o defensor efetuará dois movimentos de giro. O primeiro pela perna da frente e o segundo igual ao 1º caso. Se você estiver embaixo do aro poderá, se for experiente, prever caso dê rebote, onde a bola irá cair.

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